Este foi o tema básico escolhido para este blog. Na verdade sou psiquiatra e é natural que deseje expor idéias sobre este tema. Mas não pretendo fazê-lo de uma forma convencional, não prtendo transcrever artigos de outros autores nem mesmo discutir tecnicamente patologias psiquiatricas conhecidas. Meu objetivo fundamental é estabelecer um di´´alogo com as pessoas interessadas no tema e apresentar o conceito de saude mental como algo muito mais amplo que ausência de um transtorno psicologico ou psiquiatrico diagnosticado. Saúde mental envolve muito mais do que isto., é a forma como encaramos a vida, o nível de bem estar de que desfrutamos, nossa dimensão espiritual, nossa capacidade produtiva e de amar. Sim capacidade de produzir e amar são sinais de saúde mental, pois a mente saudável é criativa e amorosa.
Estas páginas serão um exercício de exame de nosso viver coletivo e individual e de tudo o que contribui positiva ou negativamente para o equilíbrio de nosso sistema nervoso.
Aqui sera proposta uma reflexão sobre a sociedade na qual nos inserimos e os fatores que nela são patogênicos, ou seja:geram doenças em nós.
Saúde mental é enfim, desenvolvimento de consciência, sincronismo nos processos neuronais, estados equilibrados de frequencias em nossas mentes.
Trataremos todo tempo a mente como um sistema energético, já que tudo quanto existe no universo é energia e ela não poderia ser excessão.
Vejo a mente fundalmentalmente como um campo de energia que podemos denominar campo informativo. Ali estão guardadas nossas heranças genéticas, nossas lembranças pessoais, cada qual com sua carga própria e sua capacidade de influir positivamente ou não no funcionamento da psiquê.
Este campo de energia está intimamente ligado as cargas produzidas pelas experiências e seus conteúdos emocionais. Sim, as emoções são cargas. Elas podem permanecer latentes, escondidas, disfarçadas, mas são forças atuando sobre o desempenho de nossa energia. Além disto, recebemos os estímulos do meio imediato, aquele que atinge nossos cinco sentidos. Os primeiros são estímulos internos, nossos pensamentos e as cargas afetivas ligadas a eles, e os segundos são os estímulos externos.
Além destes dois tipos de estímulos que agem sobre nosso sistema energético existem outros de natureza mais sutil e que se referem à comunicação direta entre inconscientes, as cargas transmitidas entre os indivíduos sem que eles percebam. Isto já é aceito por muitos psicanalistas e se chama transferência direta de informações entre inconscientes. Esta capacidade é inata herdada do período fetal e em algumas pessoas permanece mais ativa que em outras, neste caso as pessoas costumam ser ditas sensitivas, pois tem niveis de sensibilidade superiores ou diferentes daqueles considerados normais. Mas todos nós em alguma medida recebemos estas informações por via inconsciente e sofremos sua influência em nosso campo energético.
Novos estudos (como o brilhante trabalho do professor H Kokubo, do Japão) demostram em laboratório que as plantas interagem também com a mente humana e recebem suas emissões de energia. A via inversa deve então ser verdadeira e os sistemas da natureza são capazes de interagir conosco influenciando-nos.
Talvez este momento em que tem sido as vezes tão dificil manter o equilíbrio tenha a ver com tudo isto: nossos vínculos afetivos que tornam-se mais instáveis, nosso dia dia mais corrido e sem tempo para reordenar as frequências mentais, o pouco contato que temos com a natureza e seus efeitos reguladores e as muitas agressões que o meio em que vivemos nos impõe como o medo, a aceleração, o excesso de ruídos, o pouco descanço.
Desta forma é impossível pensar em saúde mental sem debatermos também todas estas questões ambientais, culturais e espirituais que nos atingem.
É um equívoco pensar que o psiquiatra tem pílulas mágicas que podem mudar o mundo, elas podem ajudá-lo a se fortalecer, a se reestabelecer de estados de desgaste ou mesmo controlar transtornos mentais genéticos. Mas há mais, muito mais a ser feito se queremos seres humanos realmente saudáveis.
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