"A grande falha dos seres humanos é permanecer grudados ao inventário da razão. A razão não trata o homem como energia. A razão trata com instrumentos que criam energia,mas nunca ocorreu seriamente à razão que somos melhores que os instrumentos:somos organismos que criam energia. Somos bolhas de energia." Carlos Castañeda"
Pode existir ligações entre as doenças mentais e as conexões entre diretas e inconscientes que ocorrem entre os indivíduos e entre estes e o inconsciente coletivo? Eis uma pergunta atrevida e de difícil resposta. Se perguntarmos a um espiritualista ele certamente responderá sim; se a mesma pergunta for feita a um cientista de uma linha mais biologicista ele dirá não com absoluta convicção. A energia psíquica pode ser expressa de inúmeras formas como por exemplo através do campo eletromagnético que gera ou da energia radiante que emite como biofotons, além de ter representação química (que são os neurotransmissores). Todas estas formas são partes de um processo onda/partícula conforme a física nos ensinou; assim, não são dissociáveis como se tem pretendido dizer, mas aspectos de um mesmo fenômeno.
A estrutura biológica do cérebro cria nossas habilidades para lidar com o mundo concreto através dos cinco sentidos. Estas habilidades são úteis e necessárias, contudo não representam a totalidade do conceito de consciência, não representam uma visão com abrangência total da inteligência humana e de suas capacidades perceptivas.
Há formas inconscientes e automáticas de percebermos. Um modo intuitivo de percepção e meios de comunicação telepática já tem sido bem estudados, de forma que nossas habilidades vão além desta percepção relacionada aos sentidos conhecidos.
O conhecimento de que a capacidade de sentir e perceber pode se expandir ao ser treinada atravessou os tempos resguardado por tradições de infinitas gerações de seguidores de caminhos que chamamos espirituais. As percepções destas tradições espirituais dizem que a realidade é mais ampla do que parece aos cinco sentidos. Esta constatação se repete e equivale em lugares distintos do planeta, desde a asia à america pré colombiana, a áfrica e a própria europa.
Hoje a ciência busca de métodos para explorar as possibilidades perceptivas e os eventos gerados pela mente humana. Parece existir múltiplas dimensões possíveis para a percepção, desde um estado inicial de semiconsciência até estados muito ampliados dela, passando por diversos outros fenômenos.
A observação de que o univero é mais complexo do que parecia foi um caminho para o qual apontou a nova física e suas descobertas sobre os níveis energéticos onde nada existe concretamente, mas apenas ondas de probabilidade e formas como a energia pode se apresentar. Se existirem de fato inúmeros níveis energéticos que se interelacionam, cada um deles pode revelar realidades distintas em relação à percepção, tempo e espaço. Será possível a mente humana passar também por diversos níveis de percepção dentro desta complexa realidade? Seria esta uma capacidade inata a ser desenvolvida pela consciência humana?
A mente é um misterioso e complexo meio de captar e emitir informações. É possível que esteja conectada a múltiplos canais ou níveis de percepção.
Alguns cientistas consideram a intuição a mais primitiva e essencial forma de comunicação, uma forma que dispensa as palavras, mas que é eficaz. A palavra na verdade é aprendida e faz parte das habilidades adquiridas, precisa de aprendizado para se desenvolver. Além disto, o som é uma onda que se desloca em um meio, as ondas sonoras relacionam-se ao tempo-espaço. Já a energia psíquica pode ser transmitida de outras formas, sem contato direto, sem a visão, sons ou quaisquer coisas que dependam da condução em um meio. Estamos falando de conexões instantâneas que podem ocorrer entre inconscientes. Conexões semlhantes aquelas que ocorrem entre duas partículas separadas em locais distintos do planeta, como a física tem testado. Ela comprovou que um evento ocorrido na partícula a imediatamente é reproduzido na partícula b, independente de quão distante elas estejam. Estas partículas antes eram uma, e foram cindidas pelos cientistas e afastadas, mas continuam se comunicando num fenômeno que eles denominaram coerência instantânea porque ultrapassam a velocidade da luz.
As ciências que se ocupam da mente vem tentando estudar estes fenômenos. As conexões psíquicas instantâneas ( também conhecidas como não locais) parecem ocorrer entre indivíduos cujos corpos estão separados no espaço. Mas não é possível descartar a conexão entre todos os indivíduos da espécie através do inconsciente coletivo e entre nós e dimensões ancestrias e potenciais desta mente coletiva. Onde estão, por exemplo, os arquétipos.
Os limites da mente precisarão ser revistos se a ciência puder comprovar a existência de múltiplos níveis de realidade relativa, relacionados a diferentes densidades ou frequências
Sabemos que o universo é composto de campos de energia denominados campos informativos que se relacionam e trocam informações e influências. Estas informações são energia, estão sob forma de frequências.
Todos os seres são em essência o mesmo, pois tem os mesmos componentes químicos ordenados de modos distintos. No caso dos seres vivos a estrutura e as funções estão de acordo com as informações específicas contidas em seu DNA. Mas, sendo todos os seres constituídos de partículas e mecanismos energéticos muito similares, não pode haver uma barreira definitiva entre eles. Por isto se diz que são campos informativos do universo e que se influenciam mutuamente.
Tomando o ponto de vista de que a energia não pode ser destruída, mas apenas transformada, teremos que admitir que algo de nosso campo informativo sobrevive à morte física de nossos corpos. Talvez, com o que reste de nossa memória, passemos a ser campos informativos de outros níveis energéticos. Este é um tema delicado, seria capaz de gerar um sem número de complicações na psiquiatria, por exemplo. Estaríamos lidando com estes fenômenos de comunicação direta entre inconscientes quando temos sintomas esquizofrênicos, por exemplo? E na depressão, haverá um papel para estas conexões? Em suma: pode a doença mental representar em alguma medida e aspecto um fenômeno PSI? Pode ser um fenômeno patológico de comunicação inconsciente entre mentes humanas, pelo menos em parte, responsável pelo que está ocorrendo nestas doenças?
Minha impressão pessoal é de que a desorganização neuroquímica que ocorre na doença mental pode sim produzir fenômenos anômalos de comunicação com o próprio inconsciente e o alheio. Contudo, creio que esta não é, em si, a causa da doença, apenas uma possível conseqüência da desordem das freqüências cerebrais e dos mecanismos químicos que afetam a captação de informações.
Alguns pesquisadores, como o parapsicólogo inglês David Luck, defendem a idéia de que existiria um mecanismo chamado válvula de redução. Seria um mecanismo que protegeria o cérebro de percepções múltiplas e confusas da realidade, procurando manter-lo dentro de uma faixa de freqüências segura. Uma faixa de captação com podemos lidar sem problemas, pois fomos treinados para tal.
Parece-me muito plausível esta hipótese de um mecanismo protetor, o qual parece estar diretamente relacionado às freqüências e à química cerebral. A química cerebral, é comandada por freqüências intracelulares e pode se alterar se há disfunções do campo energético. A válvula de redução parece ser um mecanimo muito intimamente ligada à frequências cerebrais e à química. Eis porque as drogas oferecem percepções de outras realidades, a respiração pode alterar o pH sanguíneo e também produzir alteração de percepção, a emoção, etc.. E eis também porque os estados patológicos podem ser quimicamente corrigidos.
Dentro desta linha de pensamento e destas ponderações, restara-nos saber até que ponto somos expostos à influências que não percebemos e de onde elas provém. Somos passíveis de estabelecer conexões com outras pessoas e sofrermos a influência de seu campo psíquico sem que percebamos? Podemos nos conectar à consciências de níveis de frequência diferentes dos nossos? Neste caso, seriam fenômenos semelhantes à comunicação telepática ou mediúnica. Existem realmente consciências, ou fragmentos destas, habitando diferentes níveis de densidade e, portanto, diferentes níveis de realidades? Isto poderia funcionar como uma influência sobre nós? Seriam positivas ou negativas estas influências? Toda esta discussão tem sido tema da espiritualidade e há cientistas que consideram impossível estudar estas questões.
Alguns ramos da ciência, ou alguns pesquisadores, tem tentado começar a responder à algumas destas questões. Este tipo de estudo encontra muitas dificuldades. A principal limitação dos cientistas talvez seja sua própria incapacidade de experimentar outros níveis de consciência, assim não cmo cogitar sua existência.
Nem sempre as alterações da percepção humana são patológicas. Há estados expandidos de consciência que são sumamente benéficos e integradores da consciência. Parece que a experiência precisa acontecer para ser corretamente compreendida. Não é possível conhecer tais fenômenos em tese, sem vivenciá-los. Os meios científicos precisam deter-se excessivamente na razão e eis um território que definitivamente a transcende.
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